quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Luz Fonte de vida

O Sentido da vida é a felicidade.
Mas a minha felicidade depende do sentido que eu dou à minha vida e vou à procura da Luz... que é a minha fonte inspiradora porque a vida sem sentido quase apaga a nossa luz interior e superior, destrói e afasta-nos de nós mesmos. Faz sentido viver para sentir, acreditar, sonhar, unir e iluminar…
No meu sentir deixo aqui registos que fotografei das infinitas possibilidades de luz e que esta mesma luz possa ser também ela fonte de motivação apoio e suporte no caminho que percorremos.


 Por do sol
 Nascer do sol

 Lua Cheia
"O que passou, passou, mas o que passou luzindo, resplandecera para sempre."
Goethe

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Sentes, Pensas e Sabes que Pensas e Sentes


Sentes, Pensas e Sabes que Pensas e Sentes

Dizes-me: tu és mais alguma cousa
Que uma pedra ou uma planta.
Dizes-me: sentes, pensas e sabes
Que pensas e sentes.
Então as pedras escrevem versos?
Então as plantas têm idéias sobre o mundo?

Sim: há diferença.
Mas não é a diferença que encontras;
Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as cousas:
Só me obriga a ser consciente.

Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei.
Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos.

Ter consciência é mais que ter cor?
Pode ser e pode não ser.
Sei que é diferente apenas.
Ninguém pode provar que é mais que só diferente.

Sei que a pedra é a real, e que a planta existe.
Sei isto porque elas existem.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram.
Sei que sou real também.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram,
Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta.
Não sei mais nada.

Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.
Sim, faço idéias sobre o mundo, e a planta nenhumas.
Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;
E as plantas são plantas só, e não pensadores.
Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,

Como que sou inferior.
Mas não digo isso: digo da pedra, "é uma pedra",
Digo da planta, "é uma planta",
Digo de mim, "sou eu".
E não digo mais nada. Que mais há a dizer?

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"